Por Jefferson Fonseca
A fundação do Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB , em 25 de junho de 1988, modernizou a política nacional. Ampliou o espectro ideológico partidário inserindo no debate um programa moderno e conectado com as mudanças que então ocorriam no cenário internacional. Entre seus compromissos contavam: a modernização do Estado, tornando-o mais eficiente; a reforma da economia e o fim da inflação; a criação de uma rede de proteção social; a substituição do estatismo pelo controle social através de agências reguladoras, entre outros. O partido logrou alcançar diversos de seus objetivos e mostrou, no tempo em que foi governo, ser possível avançar sem negar o programa. Contudo, uma bandeira foi deixada de lado e hoje presenciamos os efeitos deste ato.
Desde os primeiros momentos da República, um dos temas mais controversos da política nacional é a disputa entre os sistemas de governo presidencialista e parlamentarista. Na transição da monarquia para o sistema republicano, venceu a primeira alternativa. O regime parlamentar, que vigorava no Brasil Imperial, passou para rol das alternativas para fazer o Brasil melhor e, com maior ou menor ênfase e taxa de sucesso, sempre encontrou defensores. Em 1988 estes encontraram espaço no PSDB, partido que inscreveu em seu primeiro programa a defesa desse sistema como forma de governo ideal para o país. Assumindo na Nova República a vanguarda nessa disputa secular, a criação do PSDB foi o último impulso real na luta pelo parlamentarismo no Brasil.
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