sábado, 3 de setembro de 2011

Picaretas da UNE vão a Dilma, fazem reivindicações delirantes

Amigos, não resisto quando posso baixar o sarrafo nesses picaretas e farsantes que dirigem a União Nacional dos Estudantes (UNE), denominação a que o Augusto Nunes acrescentou a palavra “Amestrados”, devido à vassalagem que prestam ao governo, de quem recebem — e embolsam, felizes — um bom dinheiro, inclusive por meio de patrocínios de estatais.
Como se sabe, e como já relembrei aqui mais de uma vez, a UNE é um reduto de esquerdóides ultra-minoritários no seio da sociedade brasileira — sobretudo do PC do B, partidículo anêmico de votos, que, se não se dependurasse no pescoço do PT, não elegeria ninguém para cargo algum. Eles levam em seu seio tanto amor ao dinheiro público — Lula lhes depositou na conta, no finalzinho do lulalato, uma indenização de 30 milhões de reais pela vandalização da sede da entidade, ocorrida durante o golpe militar de 1964 — quanto ostentam horror pela democracia, sobretudo por eleições diretas na entidade: sabem perfeitamente que seriam varridos do mapa.
Encontro dos picaretas com a presidente
Bem, tudo isso relembrado, pergunto: vocês viram as reivindicações que os picaretas da UNE apresentaram à presidente Dilma Rousseff, em recente encontro no Palácio do Planalto? Foram testemunhas os ministros Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, e Fernando Haddad, da Educação.
A pauta era volumosa: nada menos do que 40 itens, em geral — para mostrar algum serviço em seu setor, já que o que fazem o tempo todo é politicagem barata — ligados ao que dizem ser a melhoria do sistema educacional brasileiro. Querem, por exemplo, destinar o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) à educação e de 50% do Fundo Social a ser constituído com o resultado da exploração do petróleo do pré-sal para a educação.
Duvido que essas cifras resultem de qualquer conta razoável, duvido que eles saibam o tamanho das necessidades da educação no país, se o Brasil teria condições ou não de destinar tais recursos para um ou outro setor.
Mas tudo bem. Vamos em frente.
A maluquice de dar calote em milhões de brasileiros
Agora vejam outras “reivindicações”. Uma delas é uma maluquice em que setores de esquerda mais delirante vêm insistindo: “o fim do superávit primário” — ou seja, dos recursos que o governo acumula, apertando o cinto nos gastos, para pagar os juros da dívida pública, os juros do dinheiro que toma emprestado, via instituições bancárias, de dezenas de milhões de brasileiros.
A presidente Dilma, economista de formação, deve ter segurado a vontade de puxar a orelha dos jovens. Se supostamente acabasse o superávit primário, teoricamente haveria centenas de bilhões de reais para obras públicas. O pequeno problema que a medida igualmente acarretaria é que o país e todos os bancos quebrariam imediatamente, milhões de brasileiros levariam um monumental calote em suas suadas poupanças, os investidores estrangeiros sairiam correndo, haveria desemprego em massa e a paralisação da economia e o Brasil levaria uma década, ou talvez bem mais, para voltar aos patamares de hoje.
Uma piada em meio à audiência: querem meia entrada na Copa e na Olimpíada
Outros itens de reivindicação foram questões como a erradicação do analfabetismo até 2016, a criação da Comissão da Verdade e a garantia, pelo governo, de um computador por aluno no ensino médio. Aí, em meio a questões relevantes para o país que conseguiram elencar, veio a piada: querem também meia entrada para os estudantes nos jogos da Copa do Mundo de futebol de 2014 e nas Olimpíadas de 2016.
Faltou, naturalmente, combinar com a FIFA e com o Comitê Olímpico Interncional.
O presidente da UNE, Daniel Lliescu, disse depois que a presidente recebeu as reivindicações e disse que o governo está aberto ao diálogo, mas não se comprometeu inicialmente com a concessão de nenhum item.
Também sou favorável a um computador por aluno, ao fim do analfabetismo — como sou a favor do bem e contra o mal.
Felizmente, porém, a presidente soube empurrar com a barriga a conversa mole do pessoal da UNE, e as reivindicações delirantes e demagógicas, como o fim do superávit primário, ou simplesmente cômicas, como meia entrada para a Copa e as Olimpíadas — isso é tema que se coloque em encontro com uma presidente! — ficaram para as calendas gregas.

Nenhum comentário: