Foto: Cadu Gomes
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) classificou como “puxadinhos” as medidas econômicas adotadas pelo governo federal em reação aos resultados apresentados pela economia brasileira neste início de ano. Em pronunciamento na noite desta terça-feira (27/03), o senador defendeu que é preciso fazer uma mudança mais consistente no sistema tributário, como forma de estimular a produção e o consumo interno.Flexa Ribeiro comentou o resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de janeiro, que apresentou queda de 0,13% em relação a dezembro. O indicador, explicou o senador, funciona como prévia fiel do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado trimestralmente pelo IBGE. Na avaliação do parlamentar, 2012 começou mal e o IBC-Br revela um horizonte “turvo” pela frente.
Um dos setores mais afetados, de acordo com o Banco Central, foi a indústria. O setor caiu 2,1% em janeiro, seu pior resultado desde dezembro de 2008. O que teria salvado a economia, na avaliação do senador, foi o consumo, já que as vendas do comércio tiveram expansão de 1,4% em comparação a dezembro.
Para Flexa Ribeiro, as previsões “risonhas” do ministro da Fazenda, Guido Mantega, como a de que o PIB terá crescimento de 5% este ano, vão se evaporando. Com isso, o governo vê-se obrigado a adotar medidas “puxadinhos”, como as anunciadas na segunda-feira (26), de prorrogação por três meses da redução do IPI da linha branca, que terminaria em março, e de ampliação do benefício a outros setores da indústria, como laminados, revestimentos, lustres e luminárias.
– As reações foram típicas da atual gestão: pontuais e localizadas. Sem um todo que façam sentido, equivalem a puxadinhos. São apenas emendas de ocasião que, lamentavelmente, por sua fragmentação, têm efeitos no máximo etéreos, jamais duradouros – criticou o senador, afirmando que se o governo já tivesse investido em mudanças mais consistentes estaria colhendo agora resultados mais “robustos”.
O senador cobrou ainda da presidente Dilma Rousseff o envio ao Congresso Nacional de uma proposta de ampla reforma tributária. Segundo ele, a reforma foi um compromisso de campanha da presidente, reafirmado mais uma vez esta semana, em entrevista à imprensa.
Agência Senado
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