domingo, 5 de agosto de 2012

Diante da duração e da profundidade da crise, são necessárias medidas verdadeiramente keynesianas para garantir a sustentabilidade dos investimentos e o incremento da produtividade
Ao voltar de férias, percorri os jornais: só dá mensalão e Olimpíada. Não é para menos, mas é pouco.
Consolou-me haver lido uma matéria de David Brooks sobre a campanha eleitoral em seu país. Basta ler o título, “A campanha mais tediosa”, para que o leitor se dê conta do baixo-astral que envolveu o comentarista ao seguir os embates entre Obama e Romney. Isso a despeito de os americanos ainda estarem sufocados pela crise e de haver muito que debater sobre como sair dela e sobre o papel dos Estados Unidos em um mundo cheio de incertezas. Mas o cotidiano não se alimenta de decisões históricas...
Como seria bom que pudéssemos apenas nos deliciar com a sensibilidade e a inteligência da crônica de Roberto Da Matta sobre os elos humanos que aparecem na novela Avenida Brasil,não tão diferentes dos que relacionam o antropólogo com seus objetos de estudo. Ela nos dá um banho de vida.
Infelizmente, nesta semana não dá para falar apenas das estrelas. A dura realidade é que nela começa um julgamento histórico sobre o qual não faltaram palavras sensatas. Uns, como José Nêumanne, mostraram as falácias e enganos acerca do mensalão de maneira crua e direta.
Outros, como Dora Kramer, desvendaram a falsa dicotomia entre julgamento técnico e julgamento político.

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