quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dilma é a dona da bola, mas não sabe jogar



Mesmo que Dilma Rousseff seja eleita presidente da República, ela não vai ganhar a eleição. Vai ficar devendo. A dívida da candidata com Lula é impagável, maior do que a minha no cheque especial. E vai custar caro para todos nós, caso se concretize.
Dilma é uma invenção pessoal do presidente mais popular que este país já teve. Encastelado no Planalto, em uma noite de lua cheia, dr. Lula deu vida à sua criatura. Ela fala, anda, e até consegue sorrir, apertando-se um parafuso ou outro, mas faltou luz na hora de transferir carisma e votos.
Até o mundo mineral sabe que Dilma só é presidenciável porque todos os caciques do PT foram engolidos pelo escândalo do Caixa 2, que a imprensa insiste em chamar de mensalão. Lembra?
Ou alguém duvida que, não fosse a ética do Partido dos Trabalhadores vir morro abaixo, o candidato natural seria José Dirceu? Ou Antonio Palocci? A Dilma é o terceiro goleiro que nas semifinais da Copa teve que levantar do banco.
Analise comigo: ela é ruim de palanque e péssima em entrevistas. Não é um ser político. Falta “malícia”, jogo de cintura, o discurso é sem graça e, pior, grita a inexistência de um claro projeto de governo. É como aquele menino da rua que entra no jogo porque a bola é dele, neste caso, do pai dele. Não sabe jogar, mas berra com todos e exige ser capitão do time.
Nesse começo de campanha, Dilma vai levar uma surra de José Serra e sua vasta experiência como candidato. Ele passa conhecimento de causa. Teve décadas para aprender a camuflar sua antipatia e arrogância.
E ela vai ficar a reboque de marqueteiros, correndo contra o tempo, aprendendo como esse mundo é injusto e cruel. Repetirá à exaustão que é a escolhida de Lula (”a bola é minha”). Ele estará lá, ao lado dela, fazendo aquecimento na arquibancada, tentando entrar em campo.
Mas a regra é clara, como diz o outro: papai pode tocar corneta, jogar amendoim e xingar o juiz. Mas não vale cruzar as quatro linhas.
Dilma Rousseff é o que sobrou para o PT. Isso é muito pouco para o Brasil.
(Fonte: Portal R7)

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