sábado, 15 de maio de 2010

As mentiras do PT em seu programa partidário na televisão



PT NA TV - EVOCAÇÃO DO NOME DE SERRA PROVA ILEGALIDADE

Horário político não é horário eleitoral gratuito. Pronunciamento oficial também não. Lula já havia violado a lei no dia 29 de abril quando, sob o pretexto de saudar o 1º de Maio, fez as comparações que bem quis entre o seu governo e o anterior, chegando ao requinte de mentir que o salário mínimo, sob sua gestão, teve aumento real de mais de 70%. No programa de hoje, o presidente funcionou como uma espécie de âncora, apresentando Dilma Rousseff aos telespectadores e exaltando as suas qualidades de administradora, com destaque para a sua suposta luta em favor da democracia. Falso. Quando pertenceu a grupos terroristas, Dilma lutou por uma ditadura comunista.
Até aí, vá lá, embora seja preciso registrar que um programa centrado numa só figura, declaradamente pré-candidata à Presidência e apresentada pelo próprio presidente como uma “mulher que vai ter papel muito importante no Brasil”, já caracterize uma violação da lei. O pior estava por vir. Fizeram-se comparações entre as realizações dos governos “FHC-Serra” e “Lula-Dilma”.
Ora, nunca existiu o “governo FHC-Serra”, assim como não existe o “governo Lula-Dilma”. Se o programa do PT exalta as obras, reais e supostas, da “ministra Dilma”, o único termo de comparação possível seriam as obras do “ministro Serra” ou do “governador Serra”. Mas o que estou dizendo, não é? Isso corresponderia a supor que os petistas têm compromisso com os fatos. São quem são. O programa demonstrou que não têm compromisso com as leis também. Lula queria opor seu governo ao de FHC, a sua obsessão permanente? Que o fizesse. Mas por que evocar o nome do pré-candidato tucano senão para cair no jogo rasteiro, eleitoral? É exercício de lógica elementar: se FHC é seu “outro”, Serra é o “outro” de Dilma; logo, fez-se um programa eleitoral, não político.
Há mais a ser dito.

PT NA TV – Para Lula, mineiros são “ternos”, e gaúchos, “intrépidos”

O apelo eleitoral também foi explicitado pela tropa do governo, que compareceu para exaltar as virtudes de Dilma Rousseff: os ministros Fernando Haddad (Educação), Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento), além do presidente do partido, José Eduardo Dutra. O programa mirou ainda em dois colégios eleitorais. Lula afirmou que Dilma nasceu em Minas e fez carreira política no Rio Grande do Sul, o que lhe teria dado “a ternura dos mineiros” e a “intrepidez dos gaúchos”.

PT NA TV – A MENTIRA SOBRE O PROGRAMA “LUZ PARA TODOS”


Lula afirmou no programa ilegalmente eleitoral do PT que percebeu a vocação verdadeiramente social de Dilma quando ela apareceu com a proposta do programa “Luz Para Todos”. E aí a candidata apareceu numa casa que passou a ter energia elétrica, com o testemunho da pessoa beneficiada e tal. A impressão que passou é que o Brasil vivia às escuras até que surgisse… Dilma. Vejam dados oficiais sobre a luz elétrica nas residências brasileiras:
1996 - 79,9%
2002 - 90,8%
2008 - 96,2%
Em 1996, segundo ano do governo FHC, a luz chegava a 79,9% dos lares brasileiros; quando o tucano deixou o poder, a 90,8%: um avanço de 12,64% em seis anos. Também em seis anos, o avanço no governo Lula foi de 5,94% - menos da metade! Lula e Dilma, no entanto, apresentaram o programa como se, antes do governo petista, o país vivesse às escuras. Como disse o economista Cláudio Salm em entrevista à Folha:
“Do ponto de vista da política econômica já sabemos que não houve qualquer ruptura, como o próprio Lula havia anunciado que não haveria, em 2002, na famosa Carta aos Brasileiros. Eu diria até que, em alguns aspectos, como o da política monetária, Lula é mais conservador que FHC. Conservador no sentido do excessivo cuidado em relação à banca. Quanto à política social, é só conferir os números. O período Lula é uma continuidade do período FHC, com tudo o que tem de bom e de ruim. Houve uma progressão contínua na qualidade de vida dos 25% de brasileiros mais pobres. Desde 1996, vários indicadores melhoram mais ou menos no mesmo ritmo: acesso às redes de água e esgoto, coleta direta de lixo, iluminação elétrica, posse de telefone, máquina de lavar. Essa conversa de herança maldita é pura bobagem.”

PT NA TV – A MENTIRA SOBRE O RACIONAMENTO DE ENERGIA


Outra mentira escandalosa do programa eleitoral e ilegal do PT foi a história de que Dilma, como secretária de Energia do Rio Grande do Sul, livrou o estado da crise energética de 2001. Santo Deus! É uma piada!
O Rio Grande do Sul ficou fora do racionamento PORQUE NÃO TINHA LINHAS DE TRANSMISSÃO PARA SE INTEGRAR AO SISTEMA e fazer chegar energia às outras regiões do país. Só por isso. Mas ela começou ali a cantar as próprias glórias, como aquela que tinha deixado o estado livre do apagão.
Quem conhece a área, aliás, diz que a crise no resto do país foi um bom pretexto para o então governo do Rio Grande do Sul, de que Dilma era secretária, fazer várias obras sem licitação. Taí um período a ser iluminado…

NÃO, DILMA NÃO TEVE UM BOM DESEMPENHO


A petralhada resolveu invadir o blog com aquela delicadeza habitual: “Rá, rá, rá, ficou com medo, né?” Ou: “Lula e Dilma arrasaram!” Ou ainda: “Chooora”. Ou com aquela obsessão profissional que os caracteriza: “Chuuupa!” Sempre que os vejo celebrar uma ilegalidade, não é a primeira vez que o fazem, penso na SA, a tropa de assalto amadora dos primeiros tempos do nazismo, que seria esmagada depois pelos profissionais… Que mané medo o quê!!! O programa foi desonesto a mais não poder, mas não conseguiu ser bom. Qual será o impacto, isso ninguém pode dizer. O filme está aí para quem não viu. Continuo depois.

Lula apareceu como o mestre de cerimônias e aquele que dava seu testemunho de fé sobre Dilma Rousseff, assegurando que nunca antes nestepaiz houve uma mulher como ela etc e tal. E ele, como sempre, esteve impecável no papel de Lula. É um ator nato, testado já em outros episódios. Na campanha de 2002, conseguiu chorar para as câmeras de Duda Mendonça ao falar sobre a morte da primeira mulher, que estava grávida. É razoável que chore falando sobre uma tragédia pessoal. Aliás, de tal sorte ela deveria ser dolorosa que não poderia jamais se prestar a caçar votos. Mas Lula não se intimidou. Se preciso, este poeta da ilegalidade até finge que é dor a dor que deveras sente… É um astro.  Mas e Dilma? Aí é que está o busílis.
O programa abre com depoimentos de ambos, picotados: ele fala um pouco, corta, entra ela; ela fala um pouco, corta, entra ele, para tentar evidenciar a plena integração entre os dois. Nenhum deles encara o telespectador; são filmados meio de lado. É um recurso manjado dos documentários. A pessoa dá seu testemunho sem ser intimidada pela câmera e fala mais à vontade. A publicidade recorre freqüentemente a esse expediente. No caso, atores fingem dar depoimentos espontâneos sobre um produto, como Lula, um bom ator, fez ontem. Ele conseguiu fazer o texto que lia no teleprompter parecer natural, saído da sua cachola. Ela não. João Santana não foi mais bem-sucedido nesse particular do que Marcelo Branco. A fala é artificial, sai aos soquinhos.
Da 1º ao 4º ano do ensino primário (era assim que se dizia no meu tempo), a escola em que estudei, estadual, aplicava teste de leitura . Todos os dias! Trinta minutos antes de acabar o período, uns 10 tinham de ler, de pé, o texto selecionado pela professora. E ela dava a nota de leitura com tinta vermelha na própria página do livro didático. Um dos pecados era ler à moda Dilma. Se não errasse nenhuma palavra e acertasse a pontuação, ganhava nota “80″. Para merecer um “CEM”, era preciso fluir… No complexo PUCUSP pós-picareta-pseudo-construtivista, isso deve ser considerado uma violência jurássica. Não fiquei traumatizado e não leio aos soquinhos desde, bem… Eu nunca li aos soquinhos! Aprendi muito cedo. Não vou dizer a idade para não parecer cabotino, hehe…
Dilma soma essa leitura pouco fluente com a entonação de quem estivesse narrando, sei lá, uma história infantil ou um conto de fadas, o que supõe um telespectador infantilizado. Funciona? Certamente não!
A candidata também foi enviada “ao povo”. Espanta a falta de jeito. Além do conhecido temperamento autoritário, nota-se que Dilma também é tímida. Aos 6min16, ela fala com um trabalhador de Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul. Vejam lá: enquanto conversam, ela está com as mãos… para trás e um olhar que, certamente lhe disseram, deveria afetar algo entre a satisfação e o embevecimento.
Nem a marquetagem consegue fazer certos milagres — não, ao menos, em relação à candidata. A esperança dos petistas está no depoimento de Lula e no coquetel de mentiras que foi ao ar. Vamos ver o que vai apurar o… Instituto Sensus.

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