quarta-feira, 19 de maio de 2010

Estudantes protestam contra falta de estrutura



Desta vez a manifestação foi por conta dos estudantes, que reclamaram, principalmente, das condições precárias do Instituto de Educação do Estado do Pará (IEEP), ontem pela manhã. Com narizes de palhaço, cerca de 40 alunos se revezaram entre o fechamento dos semáforos da rua Gama Abreu e avenida Presidente Vargas, em Belém, protestando com faixas e apitos, denunciando o sucateamento e depredação da escola, cuja reforma estaria parada há pelo menos três anos. O movimento teve apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp/ PA), que ajudou a organizar o andamento do ato, e dos professores da instituição, que permaneceram próximos para evitar excessos.
A Polícia Militar também esteve no local para evitar que as vias fossem bloqueadas, mas tudo correu pacificamente. “Não queremos atrapalhar ninguém, apenas reivindicar um direito nosso que é a educação de qualidade. Não é porque é público que tem de ser ruim. Esta greve não é só dos professores, mas também dos alunos e, além disso, esta escola merece respeito não só por sua tradição, mas por sua contribuição ao longo da história deste Estado”, defende a representante do Movimento Estudantil Democrático e de Luta (Contraponto), Cléo Maués, referindo se aos 139 anos de instituição.
Também estiveram presentes os estudantes das escolas estaduais Ulysses Guimarães, Deodoro de Mendonça e Núcleo Pedagógico Integrado (NPI). Atenta aos alunos, a vice diretora do IEEP, Evangelina Benassuly, diz que o movimento não teve o apoio direito dos professores, mas que estes são simpáticos. “Eles nos comunicaram previamente, inclusive tentamos evitar, mas não podemos forçá-los a não fazer nem tentar esconder a verdade”, afirma.

SEDUC
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) diz que, na semana passada, foi realizada a adequação na rede elétrica da escola e que a escola já recebeu restauro nos salões principais,incluindo calçamento no estacionamento, construção do auditório para cem lugares e reforma hidro-sanitária. Além disso, um engenheiro da Diretoria de Rede Física da instituição foi até a escola, ontem pela manhã, para fazer um levantamento da situação e encaminhar novos serviços de manutenção.
(Fonte: Diário do Pará)

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