quarta-feira, 26 de outubro de 2011

2ª Conferência Nacional de Juventude: não podemos dar um passo atrás

Ontem terminou em Belém a etapa estadual da 2ª Conferência Nacional de Juventude e este post pretende fazer algumas considerações sobre este evento.
Em primeiro lugar, a UNIPOP – Universidade Popular, é uma organização que merece muitos VIVAS, por toda atuação, que participou da construção nacional relatada acima, até esta 2ª Conferência. Nesta 2ª Conferência, em especial, a UNIPOP mobilizou jovens em várias regiões onde foram realizadas as Conferências preparatórias e na etapa Estadual fortaleceu com maestria o debate. Do meu ponto de vista, a UNIPOP por toda esta mobilização era merecedora de pelo menos cinco vagas cativas à Conferência Nacional.
Dentre as juventudes partidárias, esteve presente vários partidos, como o PT, PDT, PCdoB e, claro, o PSDB. É preciso deixar claro que a tendência do PT que sempre acompanhou este processo aqui no Pará foi o PT Pra Valer, e tanto na abertura, quanto no desfecho dos trabalhos da Conferência lá estavam as lideranças desta tendência, como Cássio Nogueira. O PT assumiu uma postura muito mais construtiva, do debate e por esta razão chegou a ser chamado de pelego pelos membros da UJS (organização juvenil do PCdoB).
A respeito da UJS, com todo respeito que tenho por esta organização e suas lideranças, devo assumir que a postura assumida por esta agremiação foi uma tática abusiva e desnecessária. Desde a abertura da 2ª conferência, na noite do dia 24 de outubro, os militantes iniciaram uma tática agressiva àqueles que pronunciavam seus discursos na mesa de abertura, pois não conseguiram colocar seu representante ali.
A União Juventude Socialista esquece que já teve o seu momento de glamour no Governo, inclusive foram os ‘responsáveis’ pela condução do fracassado COJUEPA. Isto não significa dizer, obviamente, que esta agremiação deve calar-se diante de algumas situações, todavia é importante avaliar e ponderar certas atitudes, tendo em vista um objeto maior que é a formulação de políticas de juventude no Pará. Isto significa dizer que, ao invés de proferir palavras de ordem do tipo “UJS, UJS, UJS…”, deveriam lutar por políticas de juventude no estado. Infelizmente a grande preocupação foi de chamar atenção – e conseguiram isto com O Liberal, que faz parte do tão criticado PIG – e arranjar algumas vagas para a Conferência Nacional, em Brasília.
As políticas devem ser de, para e com as juventudes, isto significa que o jovem deve ser um agente de transformação. Por isto lutamos e continuamos a lutar até os dias de hoje. No entanto, cada vez que demonstramos imaturidade política em atitudes que diminuem a importância de momentos como este, que devem ser levados a sério, a juventude no Pará e no Brasil continua vulnerável, sem emprego, nem educação.
É por isto que está na hora de crescermos, não quantitativamente, nem no sentido do envelhecimento precoce da ‘qualidade’, mas acima de tudo nas atitudes e concepções para a formulação dessas políticas públicas. Precisamos avançar, ao invés de retroagir na história e perdermos os espaços que foram conquistados a custa de muito trabalho.
Após a 2ª Conferência, é chegada a hora de rearticular o COJUEPA, de forma tranqüila e sábia, para evitarmos erros e atropelos. Chega da disputa no grito e vamos todos para o diálogo construtivo.

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