Por Raffiê Dellon
Da mesma forma que aquele 25 de junho de 1988 representou o advento
de um novo pensamento dentro da sociologia política vivida no Brasil
naquele momento, com a ótica pós-MDB, iniciada por Covas, Montoro, FHC e
tantos outros iluminados, o 28 de outubro de 2012 deve representar
outra data mais que significante para o Partido da Social Democracia
Brasileira, uma data para auto-avaliação e consequentemente reflexão.
Onde o 45 apostou em renovação ganhou ou fez bonito. Foi assim em Maceió
com Rui Palmeira, em Blumenau com Napoleão e em Pelotas com Eduardo
Leite, três jovens que venceram fácil suas eleições. É aí onde nasce o
pensamento que é "pra ontem" o investimento
e valorização dos novos quadros tucanos, não se pode "empurrar com a
barriga" o futuro do PSDB. Ora, somos o maior partido de oposição no
país e conquistamos mais prefeituras que o partido do atual governo
federal! Serão 702 tucanos que comandaram prefeituras no Brasil afora, a
partir de 2013, somado a 5.146 vereadores. Em contrapartida a 635
prefeitos petistas.
Crescemos no norte e no nordeste, com destaque no norte para: a capital
Belém com Zenaldo Coutinho que junto aos prefeitos de Ananindeua e
Santarém (três maiores colégios do Pará), se somarão a outro tucano, o
Governador Simão Jatene, para avançar na administração daquele estado. E
claro Manaus, com o desafeto pessoal do Lula, Arthur Virgílio, que
venceu com tranquilidade a comunista Grazziotin por 65,95% dos votos.
No nordeste nasce o que já deveria ter sido raciocinado desde 2006, o
maior desafio para o tucanato. Além de Maceió ganhamos em Teresina com
Firmino Filho, em Campina Grande com Romero Rodrigues e emplacamos a
vice em Aracaju, com José Carlos Machado. Sem esquecer-se da vitória
sobre o PT em Recife, e da boa disputa em São Luís. É nessa
circunscrição que se torna LEI o idioma "nordestinês". A liderança na
Câmara e a Presidência do partido para dois gênios pernambucanos, sem
dúvida, foi um grande avanço, mas ainda é pouco para disseminarmos o
discurso real que fomos o maior projeto político que contribuiu com essa
região.
Temos que transformar o PSDB numa fábrica de líderes! Isso vem com
trabalho de base, com muita discussão e debate interno e transformando,
cada vez mais, o partido num grupo democrático e principalmente de
jovens. As eleições de 2012 deixaram um recado muito claro, o partido
que não pensa na sua juventude, está fadado ao fracasso. E tirar as
teias de aranhas que se alojaram em muitos diretórios e impende o
crescimento da legenda deve ser feito já. Só assim poderemos ter penas
maiores e um bico mais forte!
Raffiê Dellon é caruaruense e Vice-presidente nacional da Juventude do PSDB.
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