terça-feira, 12 de julho de 2011

Jovens do PSDB lavam calçadas do Dnit durante protesto em Cuiabá

Kelly Martins Do G1 MT
Protesto em frente ao Dnit, no centro de Cuiabá, reuniu cerca de 20 pessoas (Foto: Kelly Martins/G1 MT)
Jovens protestam e lavam a calçada do Dnit em Cuiabá (Foto: Kelly Martins/G1 MT) Integrantes da juventude do PSDB em Mato Grosso realizaram uma lavagem simbólica da calçada da Superintendência Regional do Departamento de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) de Cuiabá na tarde desta segunda-feira (11). A manifestação foi organizada pelos jovens denominados como “Tucanada do Bem”, com apoio de lideranças do PDT.
O ato é diante das denúncias sobre um suposto esquema de superfaturamento em obras envolvendo servidores e a cúpula do Ministério dos Transportes. A crise levou à saida do ministro Alfredo Nascimento (PR-AM) e ao afastamento de Luiz Antônio Pagot, diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), além de outros servidores.
Com vassouras, rodos e baldes, participantes do evento pediam justiça contra as supostas denúncias e entoavam palavras de ordem. Faixas e cartazes também foram colocados na frente da Superintendência do Dnit em Cuiabá.
“Temos que dar um basta. A mobilização é uma maneira de garantir que a corrupção seja tratada da forma que deve ser e que justiça seja feita”, declarou ao G1 o presidente da juventude tucana mato-grossense, Vladimir Coman.
Ele destaca que a manifestação vem ganhando contorno através das redes sociais, ferramenta que, segundo o tucano, tem sido usada para disseminar as ideias de repúdio. O protesto nesta tarde ganhou pouca repercussão com apenas 20 pessoas no local.
Para o Samir Katuma, membro da juventude do PDT, as irregularidades apontadas no Departamento Nacional podem prejudicar as obras em Mato Grosso e, dessa forma, merecem atenção por parte do governo. "Já temos muitos problemas com as estradas e rodovias sem asfalto. E agora, como ficará o andamento das obras no estado?", indagou.
Outro lado
O superintendente do Dnit, em Mato Grosso, Nilton Britto, avaliou que a manifestação é direito de todos e acrescentou que as denúncias devem ser apuradas. “Todos são contra a corrupção. Mas, o que não se pode fazer é um pré-julgamento de Mato Grosso”, pontuou, em entrevista.
Britto observou também que as supostas denúncias podem prejudicar e “manchar” a imagem do órgão. Além disso, considerou que trata-se de uma manobra política. “Há muitos políticos por detrás disso. O cargo do Pagot é muito cobiçado. Porém, tudo deve ser apurado”, finalizou.
Denúncias
Reportagem de "Veja" relata que representantes do PR, partido ao qual pertence o ministro Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento e recebimento de propina por meio de empreiteiras. No mesmo dia, o goveno federal determinou o afastamento da cúpula do ministério e anunciou a abertura de uma sindicância na pasta.

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